Flamengo, preferência nacional.

Flamengo - Rio de Janeiro

Flamengo (bairro do Rio de Janeiro)

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Flamengo
  Bairro do Brasil  
Morro da Viúva e edifícios na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo
Morro da Viúva e edifícios na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo
Localização
 
Flamengo.svg
Distrito Zona Sul[1]
História
Criado em 1620
Características geográficas
Área total 164,63 ha (em 2003)
População total 50 043 (em 2 010)[2] hab.
 • IDH 0,959[3](em 2000)
Outras informações
Domicílios 25 854 (em 2010)
Limites BotafogoLaranjeiras,
Catete e Glória[4]
Subprefeitura Zona Sul[1]
Fonte: Não disponível
Flamengo é um bairro da Zona Sul do município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Tem, como principal referência, a Praia do Flamengo. Seus limites são os bairros de BotafogoLaranjeirasCatete e Glória.[5] É, eminentemente, residencial de classe média e classe média alta. A Avenida Rui Barbosa, no bairro, já foi um dos endereços mais nobres da cidade do Rio de Janeiro, mas, com o desenvolvimento de bairros como CopacabanaIpanema e Leblon no século XX, o bairro perdeu um pouco de seu status.
CateteLargo do Machado e Flamengo são as estações de metrô que dão acesso ao bairro. Suas principais ruas são: Senador Vergueiro, Paissandu, Marquês de Abrantes, Praia do Flamengo e Avenida Infante Dom Henrique. A Praia do Flamengo, a Praça São Salvador, o Centro Cultural Oi Futuro, o Centro Cultural Arte Sesc, a Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, o Castelinho do Flamengo (o qual abriga o Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho) e o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes são alguns pontos de interesse que estão situados no bairro e em seu entorno.
Os consulados do Japão,[6] MéxicoPeruReino Unido,[7] ChileBolívia e Islândia estão localizados no bairro.[8]

Etimologia

Segundo a versão mais difundida, o nome Flamengo é uma referência ao navegador neerlandês Olivier van Noort, que tentou invadir a cidade no século XVI a partir da Praia do Flamengo. Os naturais dos Países Baixos eram historicamente designados por flamengos, por serem provenientes da Flandres.
Além dessa, há outras origens possíveis para o nome Flamengo, às quais o historiador Brasil Gérson faz alusão em sua obra História das Ruas do Rio.[9] Uma delas se refere à época das invasões neerlandesas ao Brasil. O nome teria origem na denominação dos prisioneiros também conhecidos por flamengos, que moraram na região durante o século XVII, trazidos de Pernambuco e transferidos para a região.
A segunda está relacionada à presença de muitos flamingos trazidos para o Brasil das regiões banhadas pelo Mediterrâneo. Haveria tantos que um oficial alemão dos batalhões estrangeiros do Primeiro ReinadoCarl Schlichthorst, escreveu, em seu livro de memórias "O Rio de Janeiro como ele é, uma vez e nunca mais":
... e passam voando os flamingos com o esplendor de suas cores brilhantes e borboletas variegadas de tamanho nunca visto...
Uma terceira origem possível é que o bairro, anteriormente conhecido por vários outros nomes, como Aguada dos Marinheiros, passou a se chamar Flamengo por causa de proprietários portugueses de lotes locais provenientes da freguesia portuguesa de Flamengos, localizada no concelho da Horta, na Ilha do FaialRegião Autónoma dos Açores. Também é possível que tais proprietários tenham sido devotos de N. Sra. da Luz do Vale dos Flamengos.
 

História

 
Praia do Flamengo, 1949. Arquivo Nacional.
 
Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, na sua porção localizada no bairro
 
A Rua Almirante Tamandaré, próxima ao Largo do Machado
As origens do bairro do Flamengo,[10][11][12] remontam ao período da “descoberta” da Baía de Guanabara. Já em fins de 1503 ou início de 1504, o navegador Gonçalo Coelho abastecia de água a sua expedição na foz do rio Carioca, que desaguava na atual Praia do Flamengo. Embora os portugueses chamassem o lugar de Aguada dos Marinheiros, os Tamoios influenciaram na mudança do nome para rio Carioca em função de uma feitoria construída no local. Carioca, na língua dos Tamoios, quer dizer casa de branco (cari - branco; oca – casa).
Martins Afonso de Souza vem ao Rio de Janeiro, em 1530, e desembarca na foz do rio Carioca, região conhecida pelos índios como Uruçu-Mirim (abelha pequena na língua dos Tamoios), que ficava nas imediações onde hoje está a Rua Barão do Flamengo. Em 1531, Pero Lopes de Souza, que fazia parte da expedição de Martins Afonso de Souza, constrói a primeira casa de pedra da cidade, na foz do rio Carioca, que foi a primeira edificação do gênero existente nas três Américas. Esta casa serviu de moradia ao primeiro juiz da cidade, Pedro Martins Namorado, nomeado em 1565 por Estácio de Sá. A casa foi destruída por uma ressaca, sendo reconstruída no século XVII para servir de moradia para o sapateiro Português Sebastião Gonçalves que ali residiu de 1606 a 1620. Por isso, na época, a Praia do Flamengo foi denominada de Praia do Sapateiro. A casa de pedra existiu por um período de duzentos anos desaparecendo por volta dos anos Setecentos.
O primeiro sinal de urbanização do Flamengo foi uma estrada construída no século XVII para levar a produção de açúcar do Engenho D’El Rei, que ficava na atual Lagoa, ao Porto do Rio. Mas foi na administração do Prefeito Pereira Passos (1902-1906), com a abertura da Avenida Beira-Mar, que a região se modernizou e o Flamengo ganhou um punhado de prédios e palacetes elegantes. A avenida, que ia da Avenida Rio Branco a Botafogo, era considerada, na inauguração, um dos lugares mais bonitos do mundo.

Especulação imobiliária

Castelinho do Flamengo, originalmente concebido pelo arquiteto italiano Gino Copede em 1916 e finalizado em 1918 para se tornar a residência do comendador Joaquim da Silva Cardoso e de sua esposa Carolina, atualmente é um centro de cultura, com uma videoteca que dispõe de mais de 1 500 títulos em acervo e de catorze cabines individuais para vídeo e tevê a cabo. No segundo andar, está o auditório Lumiére, com capacidade para quarenta lugares e mais duas salas para cursos e workshops e uma sala para exposições; na torre (quarto andar), há o espaço Curinga, uma sala de leitura de textos dramatizados.[13]
A partir do final do século XIX, o bairro foi alvo de grandes empreendimentos imobiliários, em função de sua localização privilegiada junto ao Aterro do Flamengo, que dá um toque único ao bairro, pela sua beleza natural. Apesar desses contratempos, a venda de imóveis no bairro sofre uma valorização natural de doze por cento ao ano. A diferença de preços dos apartamentos também é notável. Existem desde conjugados de 280 000 reais até apartamentos de luxo de 3 500 000 reais, dependendo da localização, destacando-se o maior cartão-postal do Rio de Janeiro, que é a vista do Pão de Açúcar, na altura da Churrascaria Porcão Rio's. Segundo a última pesquisa do Instituto Pereira Passos, o Flamengo tem 21 817 domicílios: dentre os quais, 21 109 são apartamentos e apenas 429 são casas.
O atual alto gabarito (altura) dos prédios da região se iniciou a partir da década de 1940. Embora ainda existam alguns resquícios de construções antigas, mais baixas: são equipamentos urbanos ou simplesmente casas sobreviventes da especulação imobiliária. Alguns exemplos: o edifício da Instituto dos Arquitetos do Brasil (que gerava energia elétrica para funcionamento dos bondes); o Castelinho do Flamengo, do arquiteto Gino Copede, que é um edifício eclético de tendências italianas; o sobrado que abriga o centro cultural Arte Sesc[14], a Casa Julieta de Serpa[15], o prédio que abriga o centro cultural Oi Futuro Flamengo [16] etc.
Nos anos 1950, com a construção do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial e do Museu de Arte Moderna; e nos anos 1960, com a consolidação do Parque do Flamengo, um aterro que se transformou numa das maiores áreas verdes da cidade, o bairro ganhou as formas que tem até hoje.

Geografia

Praia do Flamengo

 
Praia do Flamengo
A Praia do Flamengo é uma praia que se estende por grande parte do Parque Brigadeiro Eduardo Gomes. É uma praia de águas tranquilas, por se situar dentro da Baía de Guanabara. Devido a poluição da Baía de Guanabara, as águas da praia pouco a pouco se tornaram poluídas, até que nos últimos 30 anos a praia se tornou completamente proibida para o banho. Com o recente processo de despoluição da Baía, as águas voltaram a apresentar condição de balneabilidade em algumas épocas do ano.[17] Em setembro de 2013 a praia bateu seu recorde de balneabilidade, estando em 77,8% do tempo em condições próprias para banho.[17]
Era chamada pelos índios nativos tupinambás de uruçumirim,[18] que significa "abelha pequena". Com a chegada dos portugueses, no século XVI, estes passaram a denominar a região "Aguada dos Marinheiros", por nela se situar uma foz do Rio Carioca, onde os navios costumavam se abastecer de água potável. Em 20 de janeiro de 1567, aconteceu, na região, a maior batalha da invasão francesa ao Rio de Janeiro. As forças portuguesas, comandadas por Estácio de Sá, destruíram a forte paliçada tupinambá que se havia erguido no local. Na batalha, foi ferido mortalmente Estácio. Posteriormente, a praia passou a ser chamada "Praia da Carioca", em referência ao rio homônimo. Passou, ainda, a ser conhecida como "Praia do Sapateiro".
A origem do nome atual da praia vem da primeira invasão neerlandesa à cidade em 1599. Como o desembarque neerlandês ocorreu na praia, ela passou a ser chamada "Praia do Flamengo".[19] Oficialmente, "flamengo" designa o natural da região belga de Flandres. Porém, na época, esse era o termo pelo qual se designavam todos os falantes de língua neerlandesa, o que abrangia tanto os naturais dos atuais Países Baixos (os neerlandeses) quanto os naturais de Flandres (os flamengos).[20] Até a década de 1920, foi a praia mais frequentada da cidade, sendo, então, suplantada pela Praia de Copacabana. Na década de 1960, com a construção do Parque Brigadeiro Eduardo Gomes e o consequente aterramento do litoral em frente à Praia do Flamengo, a praia passou a se situar aproximadamente cem metros à frente da antiga linha costeira.

Praia da Glória

É uma pequena praia que se estende por parte do Aterro do Flamengo. É uma praia de águas tranquilas, por se situar dentro da Baía de Guanabara. É separada da Praia do Flamengo apenas por um pequeno 

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